Por que o passaporte brasileiro vai ficar mais caro?

Parece brincadeira, mas o documento que permite você sair do país vai pesar mais no bolso. O preço da emissão do passaporte brasileiro vai subir, e a mudança levanta uma pergunta importante: por que o governo cobra tanto por algo que é direito do cidadão?
Entendenda o aumento
O passaporte comum tinha valor de R$257,25 desde 2015. Agora, a nova taxa deve ultrapassar R$400. O argumento oficial é o aumento de custos com papel de segurança, chips e manutenção dos sistemas da Polícia Federal. Mas há um detalhe: parte da arrecadação não vai direto para cobrir esses custos, e sim para o Tesouro Nacional.
Na prática, o passaporte virou mais uma fonte de receita pública.
O peso do custo fixo do Estado
Emitir um documento no Brasil envolve logística, segurança, atendimento e tecnologia. Mas também carrega a burocracia típica do país: contratos caros, processos lentos e tributos embutidos. Enquanto outros países tratam o passaporte como serviço de cidadania, o Brasil ainda enxerga como produto com margem.
E quem paga essa conta é o cidadão que quer viajar, estudar ou trabalhar fora.
O impacto no bolso e na vida
Para quem viaja com frequência, o aumento é incômodo, mas suportável. O problema é para quem sonha com a primeira viagem internacional. Um casal com dois filhos, por exemplo, gastará mais de R$1.600 apenas em passaportes. Isso antes de comprar passagens, hospedagem e seguro-viagem.
O documento, que deveria simbolizar liberdade, acaba virando um obstáculo financeiro.
Comparando com outros países
Em média, um passaporte nos Estados Unidos custa US$165, no Reino Unido cerca de £82. Mesmo com moedas fortes, o custo relativo é menor. Aqui, o passaporte brasileiro passa a estar entre os mais caros do mundo em relação à renda média da população.
Isso mostra um problema maior: no Brasil, a burocracia ainda custa caro demais para quem quer se mover.
Resumo da estrada
O aumento do passaporte é um lembrete de como a liberdade tem preço — e, no Brasil, ele costuma ser alto. Entender o sistema é o primeiro passo para não ser refém dele.Quer planejar sua próxima viagem e entender como organizar suas finanças para não sentir tanto os custos de viver no Brasil? Um consultor financeiro pode te ajudar a colocar o sonho no mapa sem deixar o bolso no caminho.



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