Quanto custa um funcionário para empresa, no final das contas?

Quanto custa um funcionário para empresa, no final das contas? Contratar alguém no Brasil é quase um ato de fé. O salário é só o começo da conta.
Para cada real pago ao funcionário, o empregador deve desembolsar algo entre 1,7 e 2,5 reais, dependendo do regime e dos benefícios. Entre FGTS, INSS, férias, 13º, encargos, feriados e adicionais, o custo real dobra fácil.
Um salário de R$ 3.000 pode custar mais de R$ 5.500 por mês no caixa da empresa. E ainda há os custos invisíveis: rotatividade, treinamento, licenças, equipamentos, e o tempo até o colaborador produzir de verdade (contratar é caro, mas demitir é mais caro ainda).
O sistema pesa, mas não devolve
O problema não é pagar bem. É pagar caro por um sistema que devolve pouco. O empreendedor banca o custo social do emprego, financia a previdência e ainda enfrenta burocracias que tratam quem gera renda como vilão.
O país cobra imposto sobre folha, contribuição sobre lucro, taxa sobre serviço e ainda chama isso de “estímulo à formalização”. Não é de se espantar que muitos microempresários acabem desistindo de contratar.

Planejamento é sobrevivência
A boa notícia é que dá pra aliviar o peso. Planejar a folha, escolher o regime certo e usar incentivos legais pode reduzir até 20% do custo total. Também vale revisar contratos, revisar escalas e entender o perfil tributário da empresa.
Cada decisão, da contratação à forma de pagamento, muda o resultado final.
Contratar é coragem, manter é gestão
Contratar no Brasil é coragem. Sustentar a folha é estratégia. O empreendedor que entende o custo real do trabalho consegue tomar decisões melhores, evitar desperdício e investir no que realmente importa: produtividade e crescimento.
Porque contratar não deveria ser sinônimo de sacrifício. Deveria ser sinal de avanço. Mas, enquanto o sistema continuar arrecadando como se todo empresário fosse multinacional, cada contracheque vai continuar sendo um pequeno ato de resistência.



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